quarta-feira, 28 de julho de 2010

Malfeitor

Ai, coração maldito. Coisa perdida, sem paz.
Passa para trás todo o juízo.
Vai onde quer e nem sabe o que é preciso.
Subsiste usando minhas forças.
Enganador.
Salteador de mim.
Saltígrado malfeitor.
Pérfido executor.
Arrancar-te de mim seria bom.
Haveria bem menos dor. Se vida ainda houvesse.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Briga

Não sei dizer o que penso que seja você pra mim
Só peço que não seja assim, que a alma dói, o pranto vem
As lamúrias se multiplicam e do amor solvido
Sinto dó da feição que tem
Fico só, contigo assim, desse jeito
Me gasta a vida, me angustia
Dá raiva, murmuro
Vivo assim, como escrevo aqui
Vivo aqui, e escrevo assim

Cheio de lamentos
Vou forçar quem me lê, a ter raiva de ti
Por me deixar assim
Vá, passe um tempo longe
Pra que a saudade cubra essa angústia
Pra que Deus cure o que puder
Pra que esse amor seja lançado ao rumo da sorte
Se ele resistir à pretensa morte.

Prece

Sou devoto da santa hora que te vejo vir
Da santa paz que dá no peito
Da santa luz que vem de ti

Quero santificar-te um dia inteiro
Acompanhar-te como num cortejo

Santa beleza clara
Louvo o teu passar
Leva contigo a adoração do meu olhar
Louvo o teu sorriso
Arrebata-me o juízo com teu caminhar

Dá-me a graça de estar sempre aqui
Contemplando-te
Oh santa beleza clara
Benção maior não há...

Perdido



Se quiser se perder, me encontre
Pois quando encontrarmos um ao outro
Nos perderemos
E veremos nossas perdições
Até nos perdermos sem volta

Encontrarei nos teus olhos perdidos
O que preciso enxergar
E perdido por ti ficarei
Até quando?
Até onde?

Não diga que estou perdido
Não diga que não sei o que digo
Pois tu também queres
Tu também sentes
Sabe
E mente

Se quiser se perder, me encontre
Pois já estou perdido por ti
E uma vez encontrado
Não mais te deixarei perdida
Não mais te deixarei ir